CAFÉ COM ERP: Um Pouquinho Mais Rápido





Se você tem um problema de DNA (Data de Nascimento Avançada) igual a mim, vai se lembrar da época quando os processamentos de grandes/médias rotinas eram feitos em horários marcados, demoravam horas (às vezes até o dia inteiro) e tinham que ser muito bem justificados para ocorrer, pois era um grande investimento.  Nessa mesma época, você ficava satisfeito se uma mudança de tela ocorresse em +/- 6 segundos.... você realmente achava que era bom.... nossa, que nostalgia!!!

Hoje em dia, vemos médios/grandes processamentos não ultrapassando 20 minutos e ficamos muito frustrados com telas que mudam em 3 segundos.

Ai você me pergunta: por que eu devo investir o meu tempo e energia para aumentar ainda mais a velocidade processual do meu ERP?

Resposta: porque as contas mudaram e essa velocidade extra é importante.

Vamos pensar um pouco. No passado uma empresa com 100 funcionários tinha 10 pessoas utilizando o ERP e os médios/grandes processamentos (rodada de MRPII, folha de ponto/pagamento, etc.) ocorriam uma vez por mês.  Hoje essa mesma empresa vai ter 50 usuários no sistema, processando pelo menos 5 vezes mais dados por pessoa que antes e muitos dos médios/grandes processos chegam a ser realizados quase todos os dias.

Exemplo:

Ao reduzir 1 segundo por tela trabalhada na empresa citada (com 50 usuários) onde cada usuário processa 300 telas/dia, nós conseguimos uma redução de consumo de 1.000 homens.hora de trabalho/ano.

Contabilizando o impacto dos médios/grandes processamentos podemos ter mais 1.000 homens.hora de trabalho/ano de economia.

2.000 homens.hora/ano é quase 2% de toda a mão-de-obra dos usuários.... isso é algo a ser considerado. Numa empresa onde o custo por hora médio é de US$10,00 estamos falando de US$20.000 por ano.... todos os anos.

Tempo é igual a dinheiro, isso ninguém discute, mas esse ganho de performance tem um fator psicológico na equipe ainda mais positivo, pois, nesse momento, ao fornecer ferramentas melhores de trabalho, as pessoas se sentem mais valorizadas e gera um movimento benéfico às operações que é difícil de ser medido, mas facilmente percebido no clima organizacional.

Para conseguir essa eficiência operativa o caminho é bem simples e as dicas abaixo vão ajudar:
a) Utilize o banco de dados mais apropriado para o ERP escolhido;
b) Audite constantemente a sua rede;
c) Mantenha bons (e não necessariamente ótimos) hardwares para o servidor e para as estações;
d) Dê preferência aos ERP com códigos reutilizáveis e/ou processados na memória.... a velocidade é ótima;
e) Mantenha o servidor e as estações de trabalho sempre atualizados e livres de vírus;
f) Faça tunning de banco sempre que for necessário;
g) Teste a performance das principais rotinas e solicite melhorias se for necessário;
h) Não consuma memória/processador desnecessariamente com aplicações não utilizadas.

Só um pouquinho mais rápido.... essa é a meta.... passe a diante.

Análise 01: faça agora um diagnóstico do seu ERP no que se refere às velocidades de processamento. Mapeie processos em estações de trabalho diferentes, verifique performance de rede. Garanta que nada esteja consumindo desnecessariamente recursos dos seus equipamentos, e, depois, ajuste o que for necessário (inclusive fazendo tunning de banco de dados) e faça uma avaliação de ganho anual que você conseguiu medindo de novo os resultados obtidos.

Análise 02: você, que é fornecedor do ERP, ponha a mão na consciência e diga: o seu ERP está com a performance otimizada? Sei que você tem grande competência no assunto, mas me atrevo a lhe dar dois conselhos: otimize o código-fonte das rotinas mais utilizadas e dos processos com maior volume de processamento por rodada... já vi melhorias incríveis sendo feitas com pequenas mudanças de lógica.  Garanta a melhor performance possível definindo a melhor combinação ERP x Banco de Dados x Infraestrutura de TI sugerida ou fornecida.  


Mãos e mentes à Obra!!!




Mauro Oliveira

mauro.oliveira@espacoerp.com.br

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